Em 29 de março de 1889, Kemmler matou sua amante, Matilda Ziegler, em um ataque de ciúmes. Ele a atingiu na cabeça com um martelo e depois a esfaqueou várias vezes. Kemmler confessou o crime e foi condenado à morte por enforcamento.
No entanto, a lei de Nova York havia acabado de mudar para permitir o uso da cadeira elétrica como método de execução, em vez do enforcamento. Os defensores da cadeira elétrica acreditavam que ela era uma forma mais humana e eficaz de pena de morte, e que causava menos dor e sofrimento do que o enforcamento.
A execução de Kemmler foi marcada para 6 de agosto de 1890, na prisão de Auburn, Nova York. Ele foi levado para a sala de execução e amarrado à cadeira elétrica. Os eletrodos foram fixados em sua cabeça e pernas, e o dispositivo foi ligado.
No entanto, a execução de Kemmler foi um desastre. A primeira descarga elétrica não foi suficiente para matá-lo, e ele gritou em agonia. Os espectadores ficaram horrorizados ao ver Kemmler se contorcer e gemer durante a execução.
O processo de execução foi interrompido para verificar se Kemmler ainda estava vivo, e descobriu-se que ele estava. Os eletrodos foram movidos para outras partes do corpo e uma segunda descarga elétrica foi aplicada, desta vez com mais intensidade. Finalmente, Kemmler foi declarado morto.
A execução de Kemmler gerou um grande debate público sobre a eficácia e humanidade da cadeira elétrica como método de execução. Muitos críticos argumentaram que a cadeira elétrica era uma forma mais cruel e desumana de pena de morte do que o enforcamento, e que os defensores da cadeira elétrica estavam mais preocupados com a aparência do que com a humanidade.
No entanto, a cadeira elétrica acabou sendo adotada como método de execução em muitos estados dos EUA, até ser gradualmente substituída pela injeção letal. A execução de Kemmler é lembrada como um marco na história do sistema judicial americano.
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